Shoppings investem em licenças consagradas em decorações natalinas frente ao avanço do varejo on-line
Segundo pesquisa, shoppings serão a terceira opção de local de compras dos brasileiros
Os shoppings precisam investir em licenças exclusivas para atrair o público e converter as visitas em vendas.
Depois de anos patinando, o varejo brasileiro prevê o maior crescimento de vendas dos últimos seis períodos para o período do Natal, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A estimativa é arrecadar R$ 35,9 bilhões, o que representa 4,8% mais do que no ano passado.
Porém, para os shoppings o cenário de competição cada vez maior frente ao varejo on-line exige novas estratégias.
A pesquisa de intenção de compras de Natal da CNDL e do SPC Brasil mostra que 41% dos consumidores pretendem adquirir produtos em lojas online no Natal, o mesmo porcentual que declarou que planeja consumir em lojas físicas de departamento.
Em terceiro lugar, estão os shoppings, com 37% da preferência dos entrevistados.
De olho nesse cenário, os centros de compras brasileiros investiram alto neste Natal em ações para aumentar o fluxo dentro dos empreendimentos.
Caso, por exemplo, de um shopping na capital paulista que trouxe pela primeira vez para a América Latina, o Natal inspirado no Harry Potter, uma das licenças mais prestigiadas do universo cinematográfico.
A expectativa do empreendimento é atrair mais de 120 mil pessoas por dia.
Segundo a 2a1 Cenografia, empresa paulista responsável por trazer o Natal do Harry Potter ao Brasil e que atua no mercado de decorações natalinas customizadas, a demanda por este tipo de serviços tem sido cada vez maior.
“Esta é uma preocupação constante dos shoppings. Primeiro entre eles, porque já existe essa concorrência entre os próprios malls. E de alguns anos para cá também temos o fenômeno do e-commerce. Logo, quanto mais atrativo for o cenário, a decoração de Natal, mais visitantes, e maior as vendas”, afirma Danielle Paulino, diretora Comercial da companhia.
Há mais de 20 anos no mercado, Danielle conta que os investimentos estão se intensificando e diversificando.
“Antes os shoppings procuravam por decorações tradicionais, hoje precisam encantar, principalmente os pequenos, por isso decorações de personagens com apelo ao púbico infanto-juvenil têm sido cada vez mais procuradas”, conta a executiva.
Para se ter uma ideia, dos 42 natais produzidos pela empresa para shoppings centers de todo o Brasil, apenas 4 terão temas tradicionais de Natal.
“Os shoppings costumam procurar todos os anos cenografias natalinas que sejam diferentes de todas as outras. Originalidade e qualidade na reprodução dos cenários são questões importantes antes de fecharem um negócio”, diz Danielle.
Mais informações: www.2a1.com.br