Snowboarder Andre Cintra conquista resultado inédito nos Jogos Paralímpicos
Em sua segunda participação em edições dos Jogos Paralímpicos de Inverno, o atleta brasileiro Andre Cintra fez bonito e superou seus próprios recordes. Garantiu a 10ª colocação nas provas de snowboardcross e banked slalom, essa finalizada na madrugada dessa sexta-feira (16).
Enfrentando grandes nomes do esporte paralímpico na classe LL1 (deficiência em membros inferiores ou amputações acima do joelho), mesma posição alcançada no snowboard cross, no último domingo, 11. , contra campeões mundiais e detentores de recordes mundiais, Andre mostrou segurança e conseguiu superar vários limites, inclusive tendo que enfrentar questões técnicas em sua primeira competição.
“Foi uma grande honra participar pela 2ª vez das Paralimpíadas de Inverno . Há quatro anos fiquei em 28º lugar em Sochi, na Rússia, e agora aqui em PyeongChang fiquei entre os top 10 no snowboardcross e no bankedslalom. Estou muito feliz com essa conquista, é uma sensação incrível poder levar o Brasil a novos patamares e um grande orgulho representar nosso país”, comenta Andre Cintra.
Mistura de snowboard cross com giant slalom, o banked slalom, novidade no programa dos Jogos Paralímpicos de Inverno, teve uma pista composta por 24 portas, 14 curvas e 707 metros de extensão em PyeongChang. Cada atleta pôde descer o percurso três vezes, com o melhor tempo valendo para a classificação final.
A temperatura negativa durante a prova, misturada à chuva do dia anterior, transformou o já desafiador percurso em um trajeto duro e escorregadio que levou muitos atletas ao chão. Em sua primeira tentativa, André acabou caindo em uma das últimas curvas. Para não ser desclassificado da bateria, esforçou-se para levantar e passar pela bandeira. O tempo foi o 12º (1min35s18).
Na segunda descida, o brasileiro avançou duas posições, pulando para 10ª, após completar o percurso sem complicações e baixar o tempo para 1min07s88 – 7ª melhor marca da bateria. Na derradeira e decisiva tentativa, o paulista, apesar de uma performance segura, não conseguiu superar sua melhor marca e fez 1min08s53. A boa corrida na segunda descida, no entanto, lhe garantiu um lugar entre os top 10 do mundo. O ouro e a prata ficaram com os norte-americanos Noah Elliott (51s90) e Mike Schultz (53s42) e, o bronze, com o croata Bruno Bosnjak (54s08).
Crédito das imagens: Marcio Rodrigues – CPB