People Marketing: Tendência corporativa que atrai cada vez mais anônimos e famosos
Já estamos na metade do ano de 2022 e podemos dizer que muita coisa aconteceu nos primeiros seis meses do ano, inclusive no que diz respeito ao posicionamento digital de empresas, startups e claro, executivos. Uma das principais tendências nas Relações Públicas em 2022 é o People Marketing, conceito que gera valor e humaniza a comunicação.
É notável como profissionais de diversas áreas passaram a valorizar mais seus perfis nas redes sociais, de forma mais estratégica e com foco em um melhor posicionamento, reconhecimento dos pares e ampliação de seu networking corporativo, especialmente no LinkedIN.
Essa percepção de valor agregado à imagem profissional através de produção de conteúdo qualificado, vem atraindo até mesmo celebridades para o universo corporativo. Gisele Bündchen, Anitta, Cauã Reymond, Iza e Marina Ruy Barbosa, entre outros, estão ocupando assentos de altos cargos executivos e de Conselhos de empresas – e estão criando essa conexão entre estratégias de conteúdo com um melhor relacionamento com seus respectivos públicos de interesse.
Há diálogo entre famosos e anônimos no universo corporativo?
Do ponto de vista estratégico, parece muito óbvia esta relação entre marcas pessoais de celebridades e marcas empresariais, mas será que faz sentido essas figuras públicas assumirem responsabilidades relativas aos conceitos das empresas?
Embora a maioria das tendências globais para Relações Públicas em 2022 esteja associada à digitalização, já ficou claro que a humanização da marca, conceito também conhecido como People Marketing, é capaz de fortalecer os laços com o público-alvo, aumentando a confiança, identificação, engajamento e fidelização, além de impactar positivamente nas vendas, afinal, trata-se de mostrar que a marca é formada por pessoas capazes de realmente entender as dores dos clientes e buscar as melhores soluções. Os chamados advogados de marca, sempre tiveram seu valor, mas o conceito de People Marketing traz um reforço à ideia de humanização em uma escala que parece ser ainda maior.
Humanização, empatia e autenticidade na comunicação
Marcas humanizadas demonstram empatia durante todas as etapas do atendimento ao cliente, desde o primeiro contato até o pós-venda, mas também adotam esses valores na publicidade e no marketing, demonstrando que suas preocupações vão muito além da venda. O People Marketing é definido pela capacidade de oferecer soluções específicas para resolver os problemas de cada cliente, ao invés de resultados genéricos.
A autenticidade é agora o atributo número um que os adultos norte-americanos querem ver mais nas marcas, acima de outros fatores como responsabilidade social ou custo-benefício, de acordo com uma pesquisa de 2021 da R.R. Donnelley & Sons. É claro que a autenticidade sempre foi uma parte fundamental do marketing de influenciadores, com os criadores mais bem-sucedidos construindo seus públicos com base em recomendações e opiniões genuínas. Agora são C-Levels que começam a ter uma exposição ainda mais importante.
Trazer executivos aos holofotes, de forma que mostre não só o lado corporativo deles, mas também suas qualidades humanas, faz parte dessa estratégia que tem surtido resultado em diversas corporações. Agora, dar “cara” à marca é cada vez mais relevante.
A grande questão é que a integração de celebridades no mercado executivo e de conselheiros não é uma mera estratégia de marketing. Se bem desenvolvida, ela gera uma cultura de conexão e pertencimento assertiva e que, de fato, irá gerar impacto e resultados bastante positivos. Assim como as redes sociais, o People Marketing também é de humano para humano e pode ser um fator indispensável atualmente. É o poder da personalização aplicada na prática, com resultados que ainda poderemos ver e sentir nos próximos anos.