Os benefícios do sol para a saúde
Fonte de vitamina D, luz do sol pode combater insônia, efeitos da quimioterapia e dar mais força aos atletas
É verão e o sol reina absoluto de norte a sul do país. Se por um lado a exposição excessiva e sem proteção pode preocupar, por outro há de se destacar que o sol e sua vitamina D é muito benéfico para a saúde.
O sol é a principal fonte de vitamina D, recomenda-se a exposição durante 30 minutos por, pelo menos, três vezes na semana.
“Muito antes de se associar o sol à vitamina D, no século passado, a helioterapia já era uma prescrição para quem tinha músculo fraco, pois acreditava-se que o sol dava força aos atletas que treinavam ao ar livre, e para as crianças que sofriam de raquitismo”, destaca o nutrólogo Dr. Renato Lobo, médico formado pela USP, especializado em nutrologia, com foco em emagrecimento, hipertrofia e longevidade saudável.
A necessidade da vitamina D
Atualmente, estudos comprovam ainda que a vitamina D do sol – que na verdade é um tipo de hormônio, o calcitriol, que regula diversas funções do nosso corpo – está relacionada a 14 tipos diferentes de cânceres, incluindo próstata, mama e cólon.
Pessoas com baixo índice da vitamina D têm 17% de chances a mais de incidência de câncer no pulmão.
Entre as vantagens está a redução de 77% da incidência de câncer de mama e redução de até 94% no risco de ter metástase por conta do câncer de mama.
Além disso, níveis normais de vitamina D ajudam a melhorar o prognóstico de alguns tipos de câncer, como o melanoma; e reduzem os efeitos da quimioterapia, a fadiga, a dor e a inflamação provocados pelo tratamento.
“Aqui no Brasil, mesmo sendo um país tropical, a grande maioria das pessoas é deficiente em vitamina D. E essa deficiência está relacionada, principalmente, à falta de exposição ao sol”, destaca o médico.
“Em países europeus, por exemplo, no inverno, a deficiência de vitamina D chega a se tornar problema de saúde pública”, finaliza.
Malefícios da falta da vitamina D
Como ajuda a regular o cálcio, pessoas com vitamina D em níveis baixos tem mais chance de ter osteopenia e osteoporose.
“Além disso, provoca fadiga, sensação de cansaço, alterações de humor, até mesmo a depressão. Já para quem sofre de distúrbios do sono, como insônia à noite ou sonolência excessiva durante o dia, a exposição solar também é recomendada para a regulação do ciclo circadiano, que é o nosso relógio biológico. Podemos afirmar que até idosos e bebês dormem melhor após um banho de sol”, completa Lobo.
Para quem tem níveis baixos de vitamina D, além da exposição ao sol por três vezes na semana, a suplementação deve ser feita com recomendação médica.
“É preciso analisar caso a caso. Muitas vezes o paciente pode precisar de doses mais altas, injetáveis até e depois fazer manutenção com via oral, então é importante que o médico acompanhe para fazer o tratamento correto”.
“Regulando a vitamina D em níveis ótimos, melhora a sensação de cansaço, fraqueza, aumenta a força, melhora o sistema imune, previne a osteoporose e até alguns tipos de câncer”, finaliza o nutrólogo.