8 novas formas de ser jornalista em 2019

O mercado jornalístico na última década sofreu um conjunto de mudanças sociais e econômicas, junto com diversas novidades tecnológicas que colocaram os modelos tradicionais da área na corda bamba.

O crescimento da WEB, das mídias sociais e do jornalismo online levaram jornais e revistas impressas a terem suas tiragens reduzidas de maneira grotesca. Até a TV sofre com a diminuição da audiência e com a competitividade com o YouTube.

O Facebook se transformou em um propagador de notícias e novas pautas, difundindo informação sobre fatos segundos após o ocorrido. Sua velocidade é tão absurda que chega a ter o mesmo alcance da grande mídia.

Novo cenário jornalístico

Por causa dessa mudança de cenário, jornalistas precisam se reinventar o tempo inteiro, seja com produção de conteúdo ou criação de novos negócios.

Até pouco tempo atrás, jornalistas não se enxergavam como empreendedores, mas, por causa da necessidade, novos caminhos precisaram ser traçados e a mente empreendedora começou a ser trabalhada.

O modelo contemporâneo do jornalismo briga escancaradamente pela atenção do público e dos anunciantes. Surge então, novos modelos de negócios jornalísticos, com características essenciais como inovação e muita estratégia de distribuição de conteúdo, realizados na maioria das vezes, por pessoas com grande experiência em redações.

Perfil do jornalista brasileiro

Antes de falarmos sobre os formatos de negócios escolhidos pelos profissionais da área, vamos falar sobre alguns pontos que você precisa saber sobre jornalistas brasileiros.

Em 2013, a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) realizou uma pesquisa chamada Perfil do Jornalista Brasileiro com mais de 2 mil profissionais para identificar onde estão atuando no mercado.

Os resultados foram:

• 55% atuam em mídia (veículos de comunicação, produtoras de conteúdo etc).
• 40% atuam fora da mídia (assessoria de imprensa, comunicação interna etc).
• 5% atuam como professores.

Você consegue notar que quase metade dos jornalistas não trabalham diretamente com a mídia? Pois bem, a gestão de negócios na área não é de hoje.

Quais são, então, as novas formas de ser jornalista?

Consegue pensar em uma palavra que junta o jornalismo com a gestão de um negócio? Seguinte, para conquistar o mercado empreendedor e a comunicação é preciso ter muita atenção com a estratégia.

É a estratégia que vai fazer você voar no mercado com projetos de comunicação e inovar na área. As habilidades de um jornalista como apuração, redação e edição, já coloca o profissional da área em outro nível, já que elas funcionam como um diferencial importante e não são técnicas que todos conseguem desenvolver.

Além do jornalismo independente, modelos de negócios que podem ser criados relacionados a comunicação são:

• Agências de notícias
• Assessorias de imprensa
• Web rádios
• Produtores de conteúdo/editores de conteúdo
• Agências de comunicação interna
• Agências de Marketing
• Agências de comunicação visual

Dinheiro no bolso para investir

O jornalismo tradicional tem sua conta final paga pelos anunciantes, e você, prestes a se aventurar no ramo, precisa colocar estratégia de financiamento e geração de receita no topo das suas iniciativas.

Se você pretende trabalhar com jornalismo independente, precisa vender uma ideia que faça com que as outras pessoas acreditem nela. Mas antes disso, você precisa confiar no seu projeto e vende-lo da melhor maneira possível.

Listamos algumas opções para te ajudar a ter uma ideia de como ter um financiamento para começar seu projeto independente:

• Companhas de crowdfunding;
• Assinaturas de conteúdos
• Produção de cursos e eventos
• Doações

Com tantas mudanças nas redações, desemprego aumentando e banalização da profissão, é preciso ser mais que um bom jornalista, é necessário ser o melhor, com o melhor conteúdo para apresentar, as melhores estratégias e a melhor escrita do mercado.

Por isso, esteja sempre avaliando novas opções e saia da caixinha. Seja diferente.

Texto: Carolina Cristina – Jornalista